Realizar o uso de protetores de ouvidos e aparelhos auditivos em ambientes ruidosos é essencial para preservar a saúde auditiva. Segundo a OMS, 50% das perdas auditivas poderiam ser prevenidas ou tratadas.
Com o desenvolvimento e o crescimento nas cidades o dia-a-dia está ficando cada vez mais barulhento. As pessoas não se dão conta, mas estão sendo vítimas dos males causados pelo barulho e ruído.
Essa exposição frequente a sons acima de 80 decibéis, sem nenhuma proteção nos ouvidos, pode causar perda de audição irreversível ao longo dos anos.
“Quanto mais repetitivo ou mais alto for o barulho, maior será o dano às células ciliadas da cóclea, o órgão responsável pela audição sensorial. Um ruído próximo a 85 decibéis, por exemplo, equivale a um grito. Com o passar do tempo, o indivíduo começa a perceber que está perdendo a audição. Isso pode acontecer aos 35, 40, 50 ou 60 anos; depende da exposição dessa pessoa a tais ruídos, bem como de sua predisposição genética”, explica a fonoaudióloga Isabela Papera.
SAIBA MAIS
O perigo está por todos os lados. Por isso, o uso de aparelhos auditivos é importante não só para quem possui a perda auditiva mas para quem visa realizar preservar a saúde auditiva.
“Qualquer pessoa que permanecer próxima ao som muito alto pode sofrer danos auditivos. No caso das crianças, os cuidados devem ser redobrados. O barulho em excesso gera irritação, choro e elas podem sair de determinado local com um forte zumbido no ouvido, sem que os pais nem ao menos percebam. E para os adultos que frequentam boates, shows, festas com música alta, recomendo ficar longe do foco do barulho e manter uma distância mínima de 10 metros do equipamento de som; além do uso de protetores auriculares, que diminuem o impacto do barulho nos ouvidos”, diz a fonoaudióloga.
A perda auditiva está crescendo entre os maiores problemas de saúde no mundo. Informações colhidas do Global Burden of Dieseases Study (GBD), da Universidade de Washington, apontam para um aumento significativo da prevalência global da perda auditiva de 14,33% para 18,06%. Em 2010, a perda auditiva ocupava o 11º lugar das causas, para anos vividos com alguma incapacidade; enquanto que em 2015 saltou para o quarto lugar. A OMS (Organização Mundial de Saúde) avalia que 50% das perdas auditivas poderiam ser prevenidas.