A deficiência auditiva pode causar muitos prejuízos à saúde além da dificuldade para ouvir. Um desses problemas é a perda de memória.
Um estudo realizado pela Universidade de Washington (EUA) examinou a atividade cerebral de pessoas com perda auditiva e realizou testes de memória em um grupo de pessoas com o estado de audição normal e outro com perda de audição. A pesquisa mostrou que quem tem perda auditiva normalmente precisa fazer muito esforço para entender o que as pessoas estão dizendo, o que acaba sobrecarregando o cérebro, contribuindo para a falta de memória.
De acordo com a fonoaudióloga Vanessa Gardini, isso ocorre porque o cérebro precisa de estímulos para ser sadio. “É como quando praticamos musculação para deixar os músculos fortes e resistentes. Com o cérebro, a falta de estímulos deixa o órgão mais fraco e sujeito a doenças degenerativas. Quando há perda de audição e o problema não é tratado, os ouvidos deixam de enviar informações ao cérebro, que fica mais exposto a doenças como Alzheimer, perda de memória e demências”, ressalta Gardini.
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Para evitar complicações devido à perda auditiva é fundamental identificar o problema logo no início e procurar o tratamento adequado. “É importante estar atento aos sinais da perda de audição, entre eles dificuldades em escutar o telefone ou em entender o que as pessoas estão dizendo, tanto em locais silenciosos quanto barulhentos, além de zumbidos”, informa especialista. “O diagnóstico e tratamento precoce da perda auditiva também evita problemas secundários, como os prejuízos à memória. Quando a diminuição da audição está definitivamente instalada, é recomendado o uso de aparelho auditivos. Estes dispositivos são capazes de compensar a perda, devolvendo a audição praticamente natural ao usuário” ressalta a fonoaudióloga.