Com o dia a dia cada vez mais barulhento, as dificuldades de audição não atingem mais apenas os idosos e se torna um problema também para os jovens. Atualmente, há o aumento do índice de zumbido entre os adolescentes, sinal e um dos sintomas da perda auditiva. Foi o que constatou a pesquisa “Prevalência e causas de zumbido em adolescentes de classe média/alta”, realizada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), por pesquisadores da Associação de Pesquisa Interdisciplinar e Divulgação do Zumbido.
SAIBA MAIS
O zumbido vem atingindo os jovens principalmente em razão do hábito de usar diariamente fones de ouvido. Há uma relação direta entre eles escutarem música em volumes ensurdecedores e o zumbido. Durante a pesquisa, foram feitos testes auditivos em adolescentes na faixa de 11 a 17 anos e quase todos afirmaram que costumam ouvir música utilizando fones de ouvido, e, 77% deste todo assumiram que ouvem com volume alto. Estes mesmos adolescentes foram questionados também sobre o zumbido, onde metade disse que já sentiu, e o restante relatou que sentiu logo após usar fone durante muito tempo ou após sair de um ambiente com barulho muito alto.
Fones de ouvido são um dos maiores inimigos para a audição do jovem de hoje em dia, porém já existem no mercado fones mais confortáveis, tipo conchas; e os que promovem maior isolamento dos sons externos por meio de almofadas extras confortáveis, que é o caso dos headphones. O investimento nessa tecnologia pode ser essencial, visto que esses fones isolam melhor o barulho ambiente, o que possibilita que se escute a música em volume mais baixo, e assim, reduz os riscos de perda auditiva.
A verdade é que se os adolescentes prosseguirem se expondo a níveis muito elevados de ruído, acima dos 85 decibéis, poderão começar a apresentar perda de audição muito cedo, entre 30 e 40 anos. Intensidades de 80 a 90 decibéis já aumentam o risco de uma lesão na cóclea – órgão dentro do ouvido responsável pela audição.
Porém, a boa notícia é que tanto o zumbido quanto perda auditiva de leve a severa podem ser amenizadas com o uso de aparelhos auditivos.